Entenda o significado da sigla LGBTQIAP+ e os grupos de pessoas da sociedade que estão aí representados.
O movimento que nasceu como a sigla GLS e ganhou força nos anos 90, luta pelos direitos de inclusão de pessoas de diversas orientações sexuais e identidades de gênero.
Ao longo dos anos a sigla mudou e aumentou justamente para evoluir a representatividade da comunidade.
Esta matéria da CNN escrita por Anna Gabriela Costa, fala que a sigla LGBTQIAP+ é viva e que muda a cada momento.
“Não é errado falar LGBTQA, LGBTQIA+, LGBTQIAP+, ela varia mesmo de acordo com o interlocutor e de acordo com a geografia de onde você está”, fala William Ramos Ramos, o especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão, para a matéria da CNN.
O SIGNIFICADO DE CADA LETRA
Confira abaixo o significado de cada letra pelo Manual de Comunicação elaborado pela Aliança Nacional LGBTI+.
L (lésbicas): Mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres;
G (gays): Homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens;
B (bissexuais): Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino. Ainda segundo o manifesto, a bissexualidade não tem relação direta com poligamia, promiscuidade, infidelidade ou comportamento sexual inseguro. Esses comportamentos podem ser tidos por quaisquer pessoas, de quaisquer orientações sexuais;
T (transgênero): Diferentemente das letras anteriores, o T não se refere a uma orientação sexual, mas à identidades de gênero. Também chamadas de “pessoas trans”, elas podem ser transgênero (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão “homem e mulher”;
Q (queer): Pessoas ‘queer’ são aquelas que transitam entre as noções de gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultados da funcionalidade biológica, mas de uma construção social;
I (intersexo): A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento corporal –cromossomos, genitais, hormônios, etc– não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino);
A (assexual): Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independentemente do gênero. Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum essas pessoas não verem as relações sexuais humanas como prioridade;
Pansexual: Não fazem distinção de pessoas. São atraídas sexual, física e afetivamente por todos os tipos de gêneros e identidade de gêneros. É uma nova forma de enxergar a bissexualidade, ultrapassando o binarismo de gênero.
+: O símbolo de “mais” no final da sigla aparece para incluir outras identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo.
ALÉM DA SIGLA LGBTQIAP+
Agênero: É aquele que não quer ser identificado socialmente com nenhum gênero.
Adrógino: Indivíduo que usa vestimentas comuns a ambos os gêneros (masculino e feminino). O termo andrógeno era muito usado entre as décadas de 1960 e 1980 para designar artistas consagrados, como David Bowie, Annie Lennox (da banda britânica Eurythmics), Madonna e Prince.
Cisgênero: Pessoa que se identifica com o sexo biológico que nasceu. Para simplificar, abrevia-se ;cis;. No meio LGBT, é comum dizer ;mulher cis; em contraponto às mulheres transgêneros.
Crossdresser: Os crossdressers usam ocasionalmente roupas do gênero oposto, mas não sentem a necessidade de fazer modificações físicas permanentes, como os transgêneros. Vale lembrar que essa prática nada tem a ver com orientação sexual. Inicialmente, esse termo se originou do fetiche que alguns homens tinham de se vestir como mulher para satisfazer uma fantasia sexual.
Drag Queen / Drag King: Normalmente, drag queen é o homem cisgênero que se veste com roupas femininas de forma satírica e extravagante para shows e outros eventos. As roupas são questões artísticas. Atualmente, há diversos outros tipos de drag queens que não necessariamente utilizam o humor como base para as performances, como a cantora Pabllo Vittar, que trouxe maior visibilidade às drags. Já o drag king é a versão masculina das drag queens, ou seja, uma mulher que se veste com roupas masculinas para performances artísticas.
Não binário: São pessoas cuja identidade ou expressão de gênero não se limitam às categorias masculina ou feminina. Na dúvida, quando uma pessoa se denomina não binária, é importante sempre perguntar como quer ser identificada. Ela não é, necessariamente, sinônimo de transgênero ou transexual.
NOTA DA EDITORA
Entender o movimento LGBTQIAP+ requer um mergulho interno, pesquisa e conversa, principalmente para quem cresceu em um meio social conservador.
Temos que aproveitar então momentos como o mês e o dia do Orgulho LGBTQIAP+ (28 de Junho) para espalhar essa mensagem de amor, aceitação e comunidade.
A Caloi Rainbow representa um mundo sem fronteiras e a liberdade de ser quem é.
Pra mim, a criação do Doug Reder na Caloi Rainbow GRITA: “Galera, SOMOS TODOS PARTE DO MESMO ROLÊ! Bora pedalar juntos?“.
Fica aqui minha singela homenagem a todos que sofreram e sofrem violência em casa ou nas ruas por simplesmente terem coragem de ser quem são.
Obrigada Caloi pela oportunidade de me aprofundar no meu conhecimento sobre a causa e compartilhar o que aprendi com mais pessoas através do Blog.
Boas pedaladas,
Vivi Favery