As bicicletas de estrada (ou speed) são bem fáceis de identificar: têm o pneu mais fino, sem cravos, o guidão possui curvatura para baixo e elas não possuem suspensão.
São construídas para irem rápido em piso liso, como o asfalto das estradas mundo a fora.
A geometria do quadro favorece também o posicionamento aerodinâmico do ciclista que fica curvado pra frente e com os braços próximos ao corpo (oposto do mountain bike, no qual os cotovelos ficam abertos para permitir a pilotagem mais agressiva em terrenos acidentados).
Robustez ou conforto?
O que muda de uma bicicleta de estrada a outra é o tipo de sensação que o ciclista busca.
Quer sentir a estrada embaixo de você e ter domínio de cada movimento num quadro de alumínio ou quer pedalar por horas confortável em uma “speed” de carbono, com sistemas de absorção de impacto?
Você gosta de descer montanhas o tanto quanto gosta de subir? Recomendo uma bike com freios à disco!
As rodas de carbono trazem leveza e um barulhinho diferente quando pedalamos em pé.
Mas as rodas de alumínio são super parceiras na chuva e na “bateção” dos treinos de cada dia.
Um pouco de história
A estrada é onde o ciclismo nasceu como um esporte, e a sua história se mistura com a do mundo moderno.
Gino Bartali, um atleta italiano famosíssimo, campeão do Tour da França em sua época, ficou ainda mais conhecido recentemente após o lançamento do livro O Leão de Toscana.
O livro conta como Bartali ajudou judeus durante a 2ª Guerra Mundial, escondendo documentos no quadro de sua magrela para atravessar fronteiras, com a justificativa de que estava treinando. É um livro que vale a leitura!
“O romantismo do ciclismo de estrada captura a atenção dos mais leigos pelo heroísmo dos seus protagonistas ao superar as montanhas, seu clima e a disputa só que termina na linha de chegada.”
Boas pedaladas!
– Viviane Favery