Pedale para subir montanhas, mas não só de bicicleta: a pé também!
No feriado da Páscoa encarei um desafio diferente: deixei a bike em casa e fui fazer o trekking de 3 dias da Travessia Itaguaré – Marins, na Serra da Mantiqueira, mais especificamente nos municípios de Marmelópolis e Delphim Moreira (estado de Minas Gerais).
O convite – feito pelo amigo e guia de montanha Orlando Mohallem da escola de montanha Triboo MultiSports – veio de última hora, logo após concluir a transmissão da Copa do Mundo de Mountain Bike de Petrópolis para a Red Bull TV (que, aliás, superou todas as expectativas criadas!).
Clique aqui para assistir o REPLAY em Português da Copa do Mundo de Petrópolis.
Fazia muito tempo que essa aventura estava na minha lista de desejos, então aceitamos sem pensar duas vezes, confiando que nosso preparo físico era suficiente.
Caminhar carregando uma mochila de mais de 15 KG nas costas não é moleza.
Some a isso um terreno completamente acidentado, cheio de transposição de rochas e escalaminhadas.
Tem que estar forte de perna, core (abdomen, lombar e toda conexão dessa estrutura com membros superiores e inferiores), e de cabeça – coisas que a bike nos proporciona.
Na mochila, levei tudo para viver na montanha nesses três dias: barraca, saco de dormir, 7 litros de água, comida, kit de primeiros socorros, algumas peças de roupa, ítens de higiene pessoal, sacolas para trazer de volta todo o lixo que gerei e outros detalhes.
Pode parecer pouco, mas quando coloquei a carga nas costas pela primeira vez, minhas pernas bambearam 😅.
No total foram 16.5 KM percorridos, com acúmulo de 1.270 metros de altitude em 21h de caminhada.
O ROTEIRO
Confira abaixo os segmentos de cada dia no Strava.
Ressalto que o tempo da atividade nas imagens abaixo não conferem com o tempo da caminhada em si.
Clique no link das imagens para ver o tempo real de cada dia.
REFLEXÕES DO CAMINHO
Nessa jornada, 3 coisas me impressionaram muito:
1 – Não vi bichos! Quando penso em fazer uma aventura no Brasil, é inevitável pensar em bichos peçonhentos como cobras, aranhas, taturanas venenosas e etc. Mas o inseto mais perigoso que vi foi abelhas, e apenas 2 vezes! Mesmo em trechos de mata e capim alto, as únicas coisas que me machucaram foram algumas plantas com espinhos. Me sentir segura nesse sentido foi imprescindível para eu curtir o trekking e todo o esquema de acampar na montanha.
2 – Muita gente! A quantidade de gente que cruzamos no caminho inteiro. Passei por inúmeros grupos, expedições e aventureiros. Muitos faziam a trilha com responsabilidade e tinham o preparo adequado, mas tantos outros estavam sofrendo muito com o nível de dificuldade técnica, precisando de muita ajuda externa e avançando em ritmo extremamente lento. Eu só conseguia pensar: “se está duro pra mim, imagina pra essa pessoa!” As vezes eu acho que a galera ignora o preparo exigido para atividades na montanha e se coloca em risco.
3 – O frio! Prova de que a temperatura caiu para abaixo de zero é que acordamos com gelo ao redor de nossa barraca. Mas escolhemos uma janela de clima perfeita e o sol nasceu brilhando no céu, trazendo calor e realçando a beleza da Serra da Mantiqueira.
DICA DA VIVI: PEDALE PARA SUBIR MONTANHAS
Muitos montanhistas e escaladores pedalam. Nosso guia pedala, e sabemos que todos os nossos amigos que pedalam teriam condições de encarar um desafio como a Travessia Itaguaré-Marins conosco.
E o que me inspirou para escrever este post foi ver tanta gente lá na montanha sem condicionamento físico para o nível do desafio!
Minha dica então para quem quer fazer caminhadas intermediárias e avançadas (como a que fiz) é utilizar o Mountain Bike ou o Ciclismo de Estrada como treino de base para se preparar.
A bicicleta proporciona força para os membros inferiores, além de desenvolvimento de habilidades mentais que são essenciais para subir montanhas (resiliência, visão estratégica e repertório emocional).
A corrida a pé também é um treino importante, mas até os corredores usam a bicicleta para evitar lesão de stress em treinos longos.
A BICICLETA IDEAL
Conheça algumas opções da Caloi para começar a pedalar.
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O Blog da Caloi está lotado de dicas para você incorporar a bicicleta na sua rotina!
Aproveite esse conteúdo, se prepare e transforme algo que seria uma aventura desconhecida em uma expedição que deixará marcas positivas, tanto no seu corpo quanto no seu coração.
Boas pedaladas!
Vivi Favery